quarta-feira, 7 de abril de 2010

METODOLOGIA (Sujeita a alterações)

- CONTEXTUALIZAR O ASSUNTO NA HISTORIA.
          Revisão bibliográfica, documentários, etc.
- DEFINIR TIPOS E NÍVEIS DE DOENÇAS.

          Pesquisar no meio médico, bibliografia médica especializada, internet.

- TIPOS DE TRATAMENTO (atividades).

         Pesquisar no meio médico, bibliografia médica especializada, internet.

- POSSIBILIDADES DE SOCIABILIZAÇÃO.
         Profissionais da área, CAPS, bibliografia específica.

- COMO SÃO OS ESPAÇOS ATUALMENTE?

         Estudos de caso em locais de excelência – internet, visitas no local, contato com profissionais da área, etc.

- COMPOR UM QUADRO DE NECESSIDADES ESPACIAIS.

         Pesquisa com os espaços existentes, entrevistas, internet, livros.

- PRÉ-DIMENSIONAMENTO

         Referências de locais de excelência, tamanhos ideais para os usuários, minha percepção dos espaços existentes.

- CONHECER LEGISLAÇÕES E NORMATIZAÇÕES QUE REGEM OS PROJETOS.

         Pesquisa bibliográfica, internet, leitura.

- ESCOLHER UM LUGAR.

         Analisar necessidades e o que o município já possui, CDP’s, etc.

- ESCOLHER UM TERRENO.

         Análise do entorno, análise do terreno.

- IMPLANTAÇÃO.

         Relacionar com o entorno.

terça-feira, 6 de abril de 2010

ESTUDOS DE CASO

Encontrar objetos arquitetônicos que tenham sido projetados para abrigar as atividades destinadas aos portadores de transtornos mentais tem sido uma etapa bastante complicada no processo de desenvolvimento da pesquisa, afinal, a maioria das unidades destinadas para este fim, são edificações existentes (residências normalmente) que são alugadas pela prefeitura municipal.
Em virtude das dificuldades encontradas, entrei em contato com a Coordenação Nacional de Saúde Mental, com sede em Brasília, através da sra. Rúbia Cerqueira Persequini Cunha, com a qual obtive informações sobre duas unidades de CAPS III no Brasil, que foram projetadas exclusivamente para atender aos doentes mentais. São as seguintes:

Unidade de Aracajú, CAPS Jael. Coordenadora Simone Barbosa.
Unidade de Campinas. Coordenador Deivisson Vianna.

Por e-mail, entrei em contato com ambos os coordenadores na sexta-feira, dia 02-04-10, porém, até o momento não recebi qualquer retorno.
O próximo passo será buscar exemplos em escala internacional. Saber se em outros países existem unidades destinadas aos portadores de transtornos mentais que foram pensadas para tais atividades...

VISITA AO CAPS II - JOINVILLE


A visita ao Centro de Atenção Psicossocial de Joinville foi muito interessante, pois pude compreender melhor sobre os tratamentos realizados e os seus usuários. A pessoa que me acompanhou na visita foi a enfermeira Adriana, que me mostrou todos os espaços do CAPS, quais os tipos de atividades que são desenvolvidas, etc...
Durante esta visita tive contato com dois pacientes, um homem e uma mulher.

O homem, chamado João, sofre de transtorno bipolar e, estava passando por um momento de surto (depressão). Ele tinha o olhar fixo, falava e se movimentava com muita calma. Conversei durante alguns minutos com ele...

A mulher, chamada Sandra, estava com uma aparência melhor. Ria bastante e queria conversar com todo mundo. Com ela tive a oportunidade de conversar e percebi (assim como a enfermeira me falou), que ela imagina (inventa) coisas sobre ela mesma. "Independente do assunto que você estiver falando, ela tem alguma coisa para contribuir, dizendo que já teve uma experiência naquilo.", comenta a enfermeira. Teve momentos que, ao conversar com a Sandra, pude dar bastante risada. Um fato curioso sobre esta paciente, se refere ao fato de que ela, aparentemente, está grávida. Cheguei até a perguntar de quantos meses de gestação ela estava, quando foi que a enfermeira me disse que ela não está grávida. Uma gravidez psicológica! E com barriga e tudo! Isso me surpreendeu bastante...

Sandra e sua gravidez psicológica.

Enfim, ao conhecer os ambientes do CAPS, percebi que ali não existe nada de diferente. Assim como o de Jaraguá do Sul, o de Joinville também é uma residência que foi alugada pela prefeitura para que ali pudessem ser desenvolvidas as atividades do centro de atenção.
Esta unidade conta com piscina, espaço para oficinas, jardim, horta, sala para consultas, biblioteca, sala para repouso, farmácia, sala para reuniões, cozinha, bws.

Para mim, o mais importante desta visita, além do fato de conhecer o espaço, foi poder conversar com os portadores de transtornos mentais. Pude perceber que é possível estabelecer uma relação, uma conversa com os pacientes. Apesar de que a conversa possa resultar em nada (não tenha um começo, meio e fim), o contato pode ser feito; ao contrário do que muita gente pensa...

A seguir algumas imagens do espaço:


Piscina.

Sala para oficinas.

Sala de estar/TV.

sábado, 3 de abril de 2010

FILMES QUE ASSISTI

JORNADA DA ALMA


Em 1905 Sabina (Emilia Fox), uma jovem russa de 19 anos que sofre de histeria, recebe tratamento em um hospital psiquiátrico de Zurique, na Suíça. Seu médico, o jovem Carl Gustav Jung (Iain Glen), aproveita o caso para aplicar pela primeira vez as teorias do mestre Sigmund Freud. A cura de Sabina vem acompanhada de um relacionamento amoroso com Jung. Após alguns anos ela volta à Rússia, tornando-se também psicanalista e montando a primeira creche que usa noções de psicanálise para crianças. Década após sua morte, ela tem sua trajetória resgatada por dois pesquisadores.

Este filme trata, principalmente, da mudança do tratamento psiquiátrico que utilizava de eletrochoques, camisas de força e injeções de insulina para o tratamento através da psicologia analítica... Do início de uma nova concepção e de uma nova visão do tratamento psiquiátrico.
GAROTA INTERROMPIDA


O ano é 1967, os Estados Unidos estão prestes a enviar seus jovens à guerra e, Susanna Kaysen (Winona Ryder) perde-se dentro de tantas dúvidas suscitadas pela adolescência. Com apenas 17 anos, ela se depara com aquilo que, um dia, todos terão de enfrentar: o fim da adolescência. Baseado no livro da própria Suzanna, em que a autora conta suas experiências em uma clínica psiquiátrica, o filme traz grande atuação de Winona, que assina também a produção. A atriz comprou os direitos de filmagem da obra em 1993, e desde então vinha trabalhando na produção do longa que traz extrema identificação com um período vivido pela atriz.Duas vezes indicada para o Oscar, Winona Ryder estrela esta fascinante história real sobre as mudanças na vida de uma jovem em um famoso Hospital Psiquiátrico Claymooreno.Susana (Winona Ryder) é uma jovem problemática, calada que não tem ânimo para nada, nem para entrar na faculdade, que tenta cometer o suicídio em vão, até que seus pais a convencem a internar-se numa clínica psiquiátrica. Após o impacto inicial e um diagnóstico questionável, rebela-se contra todos, preferindo a companhia das residentes, que apresentam diferentes graus de enfermidade mental, entre as quais a carismática sociopata Lisa (Angelina). No início Susana tem problemas com Lisa, que é muito rebelde e impaciente, mas acaba criando com ela um relacionamento bastante complexo, em que tentam compreender-se e ajudar-se mutuamente, apesar das diferenças.
Através deste filme foi possível perceber como funcionava a internação em um hospital psiquiátrico, a rotina a qual os pacientes eram submetidos, as doses diárias de medicamentos, a separação do restante do mundo que este tipo de tratamento oferecia...

VISITA AO CAPS II - JARAGUÁ DO SUL

CAPS II - Jaraguá do Sul
Para compreender melhor as formas de atividades desenvolvidas nos CAPS, fui vistar o CAPS aqui da cidade de Jaraguá do Sul. Foi a minha primeira visita a um espaço que atende protadores de transtornos mentais e meu primeiro contato com os mesmos.
Nesta primeira visita confesso que fiquei um pouco apreensiva. Estava com um certo pré-conceito, justamente por não conhecer o lugar e as pessoas. Não sabia o que iria encontrar lá, porém me impressionei bastante com o espaço. Cheguei ao CAPS perto das 8h da manhã e fiquei por lá cerca de 1 hora. Achei o ambiente bem tranqüilo e durante o tempo que permaneci por lá, me deparei com dois pacientes. Um homem e uma mulher. Não cheguei a conversar com eles, mas observei algumas de suas atitudes e o modo como se vestiam. O homem tinha um sorriso estampado em seu rosto o tempo todo e tinha uma aparência boa (no sentido de cuidar de si mesmo). Já a mulher tinha os seus cabelos na frente do rosto (como se estivesse se escondendo) e usava roupas compridas, largas... Não tinha preocupação com a sua aparência - ressalto esta questão pois, na maioria dos casos, os pacientes perdem a vontade de cuidar da sua aparência e de manter os cuidados básicos de higiene. Conforme a colocação dos profissionais e o que eu percebi, os pacientes gostam da "casa" (maneira que tanto eles quanto os profissionais chamam o espaço), e quando terminam o tratamento não querem parar de frequentar o CAPS...
O CAPS II de Jaraguá localiza-se no centro da cidade, numa rua muito tranqüila na qual predomina o uso residencial, afinal, a unidade do CAPS é uma residência (alugada)!
O atendimento prestado funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 16h30min.
Todos os dias, até às 8h30min, os usuários podem estar conversando com o médico psiquiatra, Dr. Marcelo Dias.
O CAPS oferece todos os dias atividades terapêuticas, como as oficinas (artes, esportes, recreação, relaxamento, leitura, psicoeducação, alongamento, jardinagem), as atividades de convivência, as reuniões com os familiares e a comunidade, etc.
Horta.

Espaço para atividades em grupo
Cozinha

Todos os profissionais que ali trabalham procuram tratar os usuários como se eles estivessem em casa. O CAPS é considerado como uma segunda casa tanto pelos profissionais quanto pelos usuários. Porém, o Centro de Atenção Psicossocial apresenta diversos problemas quanto a sua estrutura física:

Para a realização de atividades esportivas, falta um espaço adequado, por outro lado, isso acaba proporcionando a saída dos pacientes da "casa" em busca de locais públicos para a utilização, fato este que provoca uma aproximação entre os portadores de trantornos mentais e a sociedade.
Falta um espaço destinado exclusivamente para a implantação de uma farmácia, afinal, os usuários precisam de medicamentos e precisam se deslocar até um posto de saúde, por exemplo...

Esta visita coloborou muito para que eu pudesse melhor compreender as atividades desenvolvidas com os portadores de transtornos mentais, a importância que eles dão ao espaço e aos profissionais. Sem contar a importância de ter uma estrutura adequada para o desenvolvimento das atividades é essencial na reabilitação dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial.

TIPOS DE CAPS

Os diferentes tipos de CAPS são:
CAPS I e CAPS II: são CAPS para atendimento diário de adultos, em sua população de abrangência, com transtornos mentais severos e persistentes.
O CAPS I atende municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes.
O CAPS II atende municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes.
CAPS III: são CAPS para atendimento diário e noturno de adultos, durante sete dias da semana, atendendo à população de referência com transtornos mentais severos e persistentes.
Atende municípios com população acima de 200.000 habitantes. 24hs.
CAPSi: CAPS para infância e adolescência, para atendimento diário a crianças e adolescentes com transtornos mentais.
Atende municípios com população acima de 200.000 habitantes.
CAPSad: CAPS para usuários de álcool e drogas, para atendimento diário à população com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas. Esse tipo de CAPS possui leitos de repouso com a inalidade exclusiva de tratamento de desintoxicação.
Atende municípios com população acima de 100.000 habitantes.
(Informações retiradas de: "Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial")

quarta-feira, 31 de março de 2010

CAPS

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são instituições brasileiras que visam à substituição dos hospitais psiquiátricos - antigos hospícios ou manicômios - e de seus métodos para cuidar de afecções psiquiátricas.
Constituem um serviço comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e persistentes, no seu território de abrangência.
A atenção do CAPS deve incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a construção dos projetos de inserção social. Devem ainda trabalhar com a ideia de gerenciamento de casos, personalizando o projeto de cada paciente na unidade e fora dela, e desenvolver atividades para a permanência diária no serviço.
O CAPS deve, ainda, considerar o cuidado intra, inter, e transubjetivo, articulando recursos de natureza clínica - incluindo medicamentos -, de moradia, de trabalho, de lazer, de previdência e outros, através do cuidado clínico oportuno e programas de reabilitação psicossocial.
Esculturas produzidas por usuários do CAPS Ponta do Coral - Florianópolis. Fonte: Ministério da Saúde

Trabalho de um usuário do CAPS. Fonte: Ministério da Saúde

Trabalho de um usuário do CAPS. Fonte: Ministério da Saúde

Trabalho de um usuário do CAPS. Fonte: Ministério da Saúde

RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS

Os Serviços Residenciais Terapêuticos, também conhecidos como Residências Terapêuticas, são casas, locais de moradia, destinadas a pessoas com transtornos mentais que permaneceram em longas internações psiquiátricas e impossibilitadas de retornar às suas famílias de origem.
Em todo o território nacional existem mais de 470 residências terapêuticas.
http://www.ccs.saude.gov.br

quarta-feira, 24 de março de 2010

PROFISSÃO REPÓRTER - TRATANDO DA SAÚDE MENTAL

O programa que foi ao ar no dia 20 de outubro de 2009, aborda várias questões relacionadas a saúde mental aqui no Brasil... Questões sobre a lei antimanicomial, os tratamentos, a vida dos portadores de transtornos mentais fora das clínicas, a posição da família perante o problema... Enfim, o assunto é tratado de maneira muito fácil de ser compreendida.
Aos interessados, vale a pena dar uma olhada!

terça-feira, 23 de março de 2010

APRESENTAÇÃO DO TEMA

A humanidade convive com a loucura há séculos e, antes de se tornar um tema essencialmente médico, o louco habitou o imaginário popular de diversas formas. De motivo de chacota e escárnio a possuído pelo demônio, até marginalizado por não se enquadrar nos preceitos morais vigentes, o louco é um enigma que ameaça os saberes constituídos sobre o homem.

O QUE É SAÚDE MENTAL?
Embora a expressão "saúde mental" possa ter significados diferentes para diferentes pessoas, a auto-estima e a capacidade de estabelecer relações afetivas com outras pessoas são componentes importantes de saúde mental universalmente aceitos. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que não são perfeitas nem podem ser tudo para todos. Elas vivenciam uma vasta gama de emoções, incluindo tristeza, raiva e frustação, assim como alegria, amor e satisfação.

ALGUNS TIPOS DE DOENÇAS MENTAIS

ESQUIZOFRENIA:
A Esquizofrenia é uma doença da Personalidade total que afeta a zona central do eu e altera toda estrutura vivencial. Culturalmente o esquizofrênico representa o estereotipo do "louco", um indivíduo que produz grande estranheza social devido ao seu desprezo para com a realidade reconhecida. Agindo como alguém que rompeu as amarras da concordância cultural, o esquizofrênico menospresa a razão e perde a liberdade de escapar às suas fantasias. Esta doença mental é especialmente incapacitante, geralmente interferindo na capacidade do paciente de trabalhar, de se relacionar com os outros e de cuidar de si mesmo. Geralmente os sintomas da esquizofrenia se tornam aparentes durante a adolescência ou no início da idade adulta, porém podem começar mais tarde.

Os sintomas podem incluir delírios (crenças falsas - o indivíduo se sente erroneamente perseguido ou em perigo), alucinações (o indivíduo ouve vozes que não são reais), discurso desorganizado ou incoerente, retraimento em relação ao mundo exterior, sentimentos inadequados à situação, ou atividade psicomotora anormal (o indivíduo fica se balançando, dando passos sem sair do lugar, ou permanece imóvel).

TRANSTORNO BIPOLAR:
O transtorno bipolar do humor, também conhecido como distúrbio bipolar, é uma doença caracterizada por episódios repetidos, ou alternados, de mania e depressão. Uma pessoa com transtorno bipolar está sujeita a episódios de extrema alegria, euforia e humor excessivamente elevado, e também a episódios de humor muito baixo e desespero (depressão). Entre os episódios, é comum que passe por períodos de normalidade.

As mudanças de humor do distúrbio bipolar são mais extremas que aquelas experimentadas pelas demais pessoas. A natureza e duração dos episódios variam grandemente de uma pessoa para outra, tanto em intensidade quanto em duração. No caso grave, pode haver risco pessoal e material. A doença pode se manifestar em crianças, porém talvez pela dificuldade em identificá-la, se manifesta em grande parte em adultos, por volta dos 15 a 25 anos.

AS DOENÇAS MENTAIS PODEM SER TRATADAS?
Medicamentos e diferentes tipos de terapias psicossociais tem sido usados isolados ou associados. O tratamento de escolha para cada pessoa depende do diagnóstico e da gravidade da doença. Terapias individuais, em grupo e familiares, terapia comportamental, aconselhamento conjugal, terapia recreacional, terapia ocupacional, etc. são alguns dos tratamentos realizados para a reabilitação dos portadores de transtornos mentais.